quinta-feira, 5 de junho de 2008

Entenda o que são os Radicais Livres!

DEFINIÇÃO




Radicais livres são moléculas instáveis, que possuem um elétron independente não pareado gravitando em sentido oposto aos outros elétrons, fora do nível orbital do átomo.
Para estas moléculas adquirirem estabilidade, ocorrem reações biológicas lesivas. Assim, os radicais livres são espécies que possuem uma meia vida curtíssima e que por isso tornam-se quimicamente muito reativas. Existem radicais livres de vários elementos químicos, como os de oxigênio, de enxofre e de nitrogênio.




FORMAÇÃO E TIPOS

A geração de radicais livres constitui uma ação contínua e fisiológica, cumprindo funções biológicas essenciais. São formados em um cenário de reações de óxido-redução, provocando ou resultando dessas reações. Podem ceder o elétron solitário e serem oxidados; ou podem receber outro elétron e serem reduzidos.



Radical superóxido: é formado após a primeira redução da molécula de oxigênio. Ocorre em quase todas as células aeróbicas e é produzido durante a ativação máxima de neutrófilos, monócitos, macrófagos e eosinófilos. É pouco restivo em soluções aquosas.
A baixa reatividade do superóxido indica não ser ele um mediador final da toxicidade de células, apesar de qu algumas pesquisas indicam que o superóxido pode exercer sua citotoxidade, inativando enzimas específicas essenciais para a célula, e como exemplo sabe-se que o superóxido inativa uma série de macromoléculas, entre as quais podemos citar - RNase, gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase [EFRAIN OLSZEWER]

Radical Hidroperoxila: representa a forma protonada dos superóxidos, ou seja, possui o próton hidrogênio.

Radical Hidroxil: é o mais reativo! A combinação extremamente rápida do OH com metais ou outros radicais no próprio sítio onde foi produzido confirma a sua alta reatividade.
INATIVAÇÃO DE PROTEÍNAS: atua em pontes dissulfeto e grupos sulfidrilas além de promover a oxidação de ácidos graxos polinsaturados (liperoxidação)
->Formação:

1) Quando o peróxido de hidrogênio reage com íons de Cu e Fe, recebe mais um elétron e forma um radical hidroxil (reação de fenton)
2)Quando reação entre peróxido de hidrogênio e superóxido é catalisada por metais (reação de Haber-Weiss)
3)Quando o radical superóxido reage com óxido nítrico gerando peroxinitrito, que pode levar a formação do radical hidroxil


Peróxido de hidrogênio: não é considerado um radical verdadeiro, mas participa das reações de formação do radical hidroxil. Além disso, ele é capaz de atravessar a membrana nuclear e induzir danos na molécula de DNA por meio de reações enzimáticas.
->Formação: o superóxido recebe 1 elétron e 2 íons de hidrogênio formando peróxido de hidrogênio, através de um processo chamado dismutação, com a participação da enzima superóxido dismutase (SOD)


Oxigênio Singleto: Pode ser gerado por células fagocitárias, por indução luminosa, e por outras diversas reações, dentre as quais podem-se destacar as catalisadas por peroxidases. Corresponde à forma excitada do oxigênio tripleto, não possui restrição na transferência de elétrons e reage com facilidade com compostos ricos em elétrons com duplas ligações.

Óxido Nítrico: é sintetizado a partir da arginina por ação da óxido nítrico sintetase (NOS), enzima presente no endotélio e nos macrófagos. Promove relaxamento do endotélio vascular (vasodilatação com redução da resistência periférica), inibe agregação plaquetária e desempenha importante papel na síndrome de lesão por isquemia-reperfusão. Tem meia vida muito curta, em torno de milésimos de segundo, podendo rapidamente se converter em RL com efeito vasoconstritor, anulado pela presença de vitamina C, que recupera o óxido nítrico. Além da situação de reperfusão pós-isquemia, a superprodução de óxido nítrico por macrófagos durante a inflamação tem sido implicada no choque séptico e em outros processos crônicos relacionados à presença de macrófagos ativados [Heitor Poss]

FONTES

Fontes endógenas: os radicais livres podem ser gerados no citoplasma, mitocôndrias, membranas celulares e peroxissomos, leucócitos.
Leucócitos: ao realizarem a fagocitose
Peroxissomos: contém alta concentração de catalase, que converte H2O2 em H2O e O2-.
Mitocôndria: Cerca de 85% a 90% do oxigênio que respiramos é metabolizado na mitocôndria, através da cadeia transportadora de elétrons. Na parte terminal da cadeia de transporte de elétrons, a enzima citocromo oxidase remove um elétrons de cada uma das 4 moléculas reduzidas de citocromo c, oxidando-as, e adiciona os 4 elétrons ao oxigênio para formar água (são usados 95% a 98% de O2 dos 85% a 90%). Os 2% a 5% restantes são reduzidos e metabólitos denominados espécies reativas de oxigênio
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Fontes exógenas: a poluição, a fumaça de cigarro, o stress, as radiações, os R.U.V, além de aditivos químicos, álcool,má alimentação e até mesmo agrotóxicos aumentam excessivamente a produção de RL´s.

Um comentário:

Unknown disse...

Gente gostei muito do blog de vcs...só uma pequenina observação: abaixo de fontes endógenas: tá escrito xig...se vcs puderem arrumar
naty